A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO NA ESTEIRA DA DECADÊNCIA IDEOLÓGICA BURGUESA

Autores

  • Debora Accioly Dionisio
  • Homero Dionísio da Silva
  • Bruna de Moura Libardi
  • Ellen Cristine dos Santos Ribeiro
  • Valdemarin Coelho Gomes

Resumo

Partimos do pressuposto de que a produção do conhecimento nos primórdios surgiu como complexo fundado no e pelo trabalho e cumpria o papel social de princípio educativo voltado para a subsistência e perpetuação da espécie, e hoje se configura como mais um complexo apropriado pelo capital, revestido de um novo caráter mercadológico atrelado ao processo de decadência ideológica inaugurado pela sociedade burguesa, e é um processo de retrocesso revolucionário da protagonista da revolução francesa: a burguesia, a qual perde seu caráter transformador, passa a apresentar-se como apologética do capital. Assim, em meio à agitada e propagada revolução informacional, no inicio do século XXI, a bandeira destacada é a tentativa de “entender” a nova realidade que surge com o amplo desenvolvimento do capitalismo e a novidade é a centralidade no conhecimento, a educação como salvadora das mazelas do mundo. Baseados no método materialista, e na pesquisa teórico-bibliográfica nos apoiamos nas discussões trazidas por Lukács (2010), Meszáros (2002), Pinassi (2009). Apreendemos que o otimismo revolucionário burguês e cedeu lugar a uma ‘substância apologética’, “conforme as necessidades de expansão e acumulação do capital, também da sua posição na esfera do controle político” (p.16). Por se encontrar na chefia da estrutura capitalista, a burguesia dá início ao seu processo hegemônico e, de acordo com Pinassi (2009) “o sentido de decadência ideológica é a contraface – absolutamente necessária – do brutal desenvolvimento material e tecnológico deflagrado” (p.16) e o comportamento burguês passa a ser comprometido para o estabelecimento da reprodução estrutural e sociometabólica do capital. A partir do que foi investigado, a nova ideologia, a apologética, está ligada intrinsecamente a produção material, constituindo como substrato da função civilizatória do capital.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação