A SUBVERSÃO DO DISPOSITIVO FOTOGRÁFICO EM CLAUDIA ANDUJAR
Resumo
Resumo A obra fotográfica de Claudia Andujar foi realizada, em grande medida, no contexto de uma relação inter-étnica com os Yanomami, principalmente nas décadas de 1970 e 1980. Na pesquisa realizada por nós, partindo da noção foucaltiana de “dispositivo”, principalmente da visão que Agamben (2005) e Deleuze (1987) têm sobre esse conceito, pretendemos pensar uma subversão do dispositivo fotográfico praticada por Andujar no fotolivro Marcados (2009). Em relação a essa subversão, consideramos também o conceito de “rostidade” de Deleuze & Guattari (1996), muito importante porque a noção de “máquina abstrata de rostidade” proposta pelos autores fornece um aparato teórico para se pensar a questão da (in)visibilização dos rostos presentes nos retratos de Claudia Andujar em Marcados. Dessa forma, utilizando o “dispositivo” de Foucault e a “rostidade”de Deleuze & Guattari, cremos ser possível compreender melhor o fundamento ético das relações entre subjetividades distintas – mesmidade e alteridade – na produção do visível, do sensível. Pensamos que os sujeitos de toda e qualquer relação são produzidos nessa própria relação, pois não são pré-discursivos, de acordo com Foucault (2008). Ou seja, a imagem fotográfica torna-se um meio, em útlima instância, de avaliar os fundamentos éticos do encontro entre alteridades distintas e os jogos de poder nos quais elas estão imersas. Pretendemos localizar nossa discussão na oposição entre fotografia-arte e fotografia-documento, proposta por Rouillè (2009).Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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