A TRAJETÓRIA INTELECTUAL-MILITANTE DE GYORGY LUKÁCS: CRÍTICA AO 'ASCETISMO' REVOLUCIONÁRIO, AO IRRACIONALISMO STALINISTA E AO MARXISMO 'HETERODOXO'

Autores

  • Homero Dionisio da Silva
  • Debora Accioly Dionisio da Silva
  • Osterne Nonato Maia Filho
  • Valdemarin Coelho Gomes

Resumo

O presente trabalho é fruto de parte da pesquisa de mestrado em Educação na Universidade Federal do Ceará (UFC) na qual foi analisada parte da trajetória intelectual-militante do filósofo húngaro Gyorgy Lukács, em especial seus últimos anos de vida, após o que alguns de seus discípulos chamarão de giro ontológico. Está claro, em boa parte dos estudos sobre a trajetória do marxista, seus últimos esforços em busca da exposição da existência de uma compreensão estética marxista e sua tentativa de escrever uma ética, que culminou ao final na escrita dos fundamentos de uma Ontologia do ser social. Nas investigações mais relevantes que observam essa dubla intenção em suas obras finais, também se sobressai a percepção de que o método de Marx seria o pilar de tais empreitadas. O que se observou no presente trabalho é, em certa medida, um desdobrar desses fundamentos no que podemos chamar de último Lukács. Nesse sentido, foi possível observar, tendo como objeto de análise algumas das últimas entrevistas dadas pelo pensador, que ligado a esses pontos outros três complementavam, em uma relação dialética. Seriam eles: a crítica ao stalinismo, ao ascetismo e ao marxismo 'heterodoxo', tendo claro para o marxista, já em seus últimos dias, que esses 'desvios' tem influenciado negativamente a luta pela emancipação humana. Entendemos ser urgente a compreensão desses pontos em especial em um momento em que a barbárie toma conta dos espaços de disputa política, incluindo-se aí a Educação. Pensar uma prática coerente com a perspectiva da emancipação humana faz-se ainda mais urgente em nossos dias e entende-se que os ensinamentos de Lukács são essenciais nesse sentido.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação