ADOLESCENTES A QUEM SE ATRIBUI O COMETIMENTO DE ATO INFRACIONAL: RE-EXISTÊNCIAS EM MODOS DE HABITAR A CIDADE E ARTE COMO DISPOSITIVO DE REINVENÇÃO

Autores

  • Clara Oliveira Barreto Cavalcante
  • Carla Jéssica de Araújo Gomes
  • Larissa Ferreira Nunes
  • Ingrid Sampaio de Sousa
  • Joao Paulo Pereira Barros

Resumo

O trabalho analisa possibilidades de re-existências em de modos de habitar a cidade e da arte como dispositivo de reinvenção em trajetórias de vida de jovens em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto em Fortaleza e egressos do sistema socioeducativo local. Deriva de dissertação constituída a partir da Pesquisa Guarda-Chuva do VIESES: Grupo de Pesquisas e Intervenções sobre Violência, Exclusão Social e Subjetivação. Em 2018.1, inserimo-nos em campo com observação participante de um grupo de jovens em cumprimento de medida no Centro de Referência Especializado em Assistência Social - CREAS da Regional V. Em 2018.2, em parceria com o Laboratório de Estudos da Violência (LEV), pactuou-se a realização de entrevistas narrativas e oficinas grupais com jovens em cumprimento de medida no CREAS. A investigação se dá a partir das narrativas dos jovens e de cenas do cotidiano que acompanhamos, tendo a cartografia como método de pesquisa-intervenção. Efetua-se estudos sobre resistências, modos de habitar a cidade e arte como dispositivo de reinvenção por meio de autores como Alessandra Lacaz, Glória Diógenes, Albán Achinte, Michel Foucault e autores da Psicologia Social e de áreas afins. Acerca de ações dirigidas a setores periféricos, o discurso predominante é o das carências e das faltas. Contudo, há, também, afirmação de vida e criação de territórios existenciais. Transitando pela cidade, jovens se manifestam como territórios em movimento, levando consigo seus bairros e ruas. Produzindo rupturas, a arte pode inventar resistências, possibilitando desestabilizar fronteiras e capturas. Relacionadas à cidade, produz-se resistências à segregação socioespacial e a estigmas envolvendo juventudes e territórios periféricos. Quanto à arte, resistências se produzem frente à pecha de “humano indireito”, o qual é atrelado à violência e vida matável. Ressalta-se financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES por meio de bolsa de mestrado.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação