AFRICANIDADES NO RITUAL DAS LADAINHAS DE CAPOEIRA ANGOLA: PRETAGOGIA E PRODUÇÃO DIDÁTICA NO QUILOMBO.

Autores

  • Rafael Ferreira da Silva
  • Sandra Haydee Petit

Resumo

Essa trabalho é um recorte da dissertação de mestrado defendida de 2015, tem como titulo: Africanidades no ritual das ladainhas de capoeira angola: pretagogia e produção didática no quilombo. Os teóricos que fundamentam essa pesquisa, são: HAMPÂTÉ BÂ(1987), SODRÉ(1988), OLIVEIRA(2003) OLIVEIRA(2007), CUNHA Jr(2011), MEC(2004), SILVA(2008), (PETIT 2015). Considerando a riqueza da musicalidade da capoeira, fiz a seguintes indagações: Como as ladainhas podem contribuir com o fortalecimento do pertencimento afro no quilombo? Quais os principais marcadores das africanidades no ritual da ladainha, considerando o contexto da roda da capoeira? Como o método da pretagogia pode contribuir com o fortalecimento do pertencimento afroquilombola? Como as ladainhas podem ser trabalhadas com o método da pretagogia? Para tanto realizei uma pesquisa intervenção com moradores do quilombo da serra do Juá, Caucaia-Ceará, acompanhado por uma equipe de pesquisadores do Núcleo das Africanidades Cearenses (NACE) formado por Sandra Petit(orientadora), Claudia Oliveira e Eliene Magalhães(mestrandas). . Em seguida realizei oito entrevistas com mestres e uma mestra de capoeira angola com o objetivo de extrair desse material, os marcadores das africanidades no ritual das ladainhas, esses marcadores foram agrupados em cinco categorias, quais a saber : ancestralidade, espiritualidade, iniciação, linhagem e relação com a natureza. A partir dessas categorias, efetivei a terceira fase da pesquisa distribuindo essas temáticas na técnica da pretagogia chamadas de estações da aprendizagem com um grupo intergeracional quilombola, as oficinas permitiram a apropriação de conteúdos relativos a cosmovisão africana com a sua relação com o quilombo do Juá, em seguida foi elaborado um produto didático que junta ensinamentos, memorias e arte na forma de um livro de ladainhas. Concluímos as atividades com uma culminância chamada jornada afroquilombola, onde as pessoas puderam interagir com o produto. Considero

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação