ALTERAÇÕES RENAIS EM INDIVÍDUOS INFECTADOS POR S. MANSONI EM UMA ÁREA DE ALTA ENDEMICIDADE NO NORDESTE BRASILEIRO.

Autores

  • Rosangela Lima de Freitas GalvÃo
  • Fernando Schemelzer de Moraes Bezerra

Resumo

No Brasil, a estimativa de infectados pelo Schistosoma mansoni é de aproximadamente 1,5 milhões de pessoas, sendo considerada como um importante problema de saúde pública. Sergipe é o estado brasileiro que apresenta uma das maiores prevalências no país. A esquistossomose mansoni apresenta um amplo espectro de formas clínicas, dependendo da carga parasitária de cada indivíduo e de sua resposta imune. Além das formas clássicas de manifestação a esquistossomose pode acometer também os rins, causando a glomerulonefrite membranoproliferativa esquistossomótica. Pacientes com envolvimento glomerular são comumente assintomáticos, o que dificulta estimar a real incidência dessa complicação. Nas glomerulopatias, o uso de biomarcadores possibilita o diagnóstico precoce e o controle da disfunção renal, em substituição ao emprego de procedimentos invasivos. O objetivo desse estudo é avaliar alterações renais em indivíduos infectados por S. mansoni, em uma área de alta endemicidade para esquistossomose mansoni, através de biomarcadores clássicos, estresse oxidativo urinário (MDA) e novos biomarcadores urinários de lesão renal (MCP-1, VEGF e Nefrina). Primeiramente será realizado o diagnóstico da esquistossomose mansoni através do método parasitológico Kato-Katz, em amostras de fezes dos moradores da localidade de Siebra/Maruim-Estado de Sergipe. A intensidade da infecção por S. mansoni será determinada pela média aritmética de OPG (ovos por grama). Também realizaremos a investigação de alterações renais nos indivíduos infectados através da dosagem de biomarcadores de lesão renal, cujas concentrações encontradas serão comparadas com a carga parasitária. Esse estudo já realizou o diagnóstico da infecção por Schistosoma (n=158) e a taxa de positividade, obtida pela técnica de Kato-Katz, foi de 48,73% (77/158). O método também mostrou a presença dos três perfis de carga parasitária: Baixa carga - 57,14% (44/77), Moderada - 12,98% (10/77) e Alta carga - 29,87% (23/77)

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação