ANÁLISE COMPARATIVA DAS DISTRIBUIÇÕES LINDLEY GENERALIZADA EXTENDIDADE E WEIBULL NO AJUSTE DOS DADOS DE VELOCIDADE DO VENTO DE PETROLINA - PE

Autores

  • Kevin Santos Guedes
  • Paulo Alexandre Costa Rocha
  • Davi Ribeiro Lins
  • Carla Freitas de Andrade

Resumo

Um dos fatores mais importantes nas etapas iniciais de um projeto de parque eólico é o cálculo da média anual de energia gerada por uma turbina eólica caso instalada no local em questão. Neste cálculo, a distribuição de probabilidade selecionada para descrever o regime de ventos da região é a variável mais importante, e quanto melhor a precisão desta distribuição, mais confiável é o cálculo de geração de energia. Dentre as distribuições utilizadas, a de Weibull (W) é a mais comum devido à sua simplicidade e elevada precisão na caracterização de diferentes regimes de vento. Contudo, nem sempre esta distribuição é a mais adequada. Sendo assim, para que seja uma obtida uma maior precisão nos cálculos de geração de energia, diferentes modelos de distribuição devem ser analisados. Neste estudo, as distribuições Lindley Generalizada Extendida (LGE) e W foram comparadas a fim de determinar qual delas proporciona maior precisão no ajuste dos dados de velocidade do vento de Petrolina, no Nordeste do Brasil. Os parâmetros de ambas as distribuições foram estimados através do método de otimização metaheurístico Competição Imperialista, uma vez que tal tipo de método apresentou, em diversas referências, desempenho superior ao dos tradicionais métodos determinísticos. Os resultados obtidos foram comparados em termos de Raiz Quadrada do Erro Quadrado Médio (RMSE - Root Mean Square Error) e Coeficiente de Determinação (R²). O modelo LGE apresentou RMSE=0,00621 e R²=0,99955, enquanto que a distribuição W apresentou RMSE=0,00740 e R²=0,99935. Tais resultados demonstram que os dados de velocidade previstos pelo modelo LGE apresentam não só maior correlação com os dados reais (maior R²), mas também maior precisão (menor RMSE) quando comparados com os dados previsto pelo modelo W, comprovando que, no ajuste dos dados de velocidade do vento de Petrolina, a distribuição LGE é mais adequada do que a amplamente utilizada distribuição W.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação