AVALIAÇÃO IN VITRO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DO DICLOFENACO SÓDICO FRENTE AS CEPAS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS RESISTENTE A METICILINA (SARM).
Resumo
Nos últimos anos, tem sido relatado um aumento na incidência de infeções causadas por bactérias, dentre elas Staphylococcus aureus que corresponde a 50% das infecções constatadas em várias regiões do mundo. Atualmente, os fármacos disponíveis para o tratamento de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM) são limitados e esse micro-organismo desenvolveu resistência a praticamente todos os antibióticos indicados para seu tratamento. Este fato está associado, principalmente, a alguns de seus fatores de virulência, tais como as hemolisinas, as enterotoxinas estafilocócicas, a toxina-1 do choque tóxico estafilocócico (TSST-1), a citotoxina Panton-Valentine leucocidina (PVL) e a sua capacidade de formar biofilme. Diante disso, faz-se necessária a busca por novas opções terapêuticas e um reposicionamento adequado de fármacos. Nesse contexto, os anti-inflamatórios, como o diclofenaco sódico, vêm mostrando um potencial antibacteriano favorável, pois se relata que esse medicamento diminui os sistemas de efluxo de drogas, permitindo, dessa forma, o acúmulo intracelular dos antibióticos. Deste modo, o objetivo desse trabalho foi avaliar a ação antibacteriana do diclofenaco sódico isolado e em sinergismo com a oxacilina frente as cepas clínicas de SARM. Foi realizado o teste de microdiluição em caldo para determinar as concentrações inibitórias mínimas (CIM) das 15 cepas estudadas, conforme as diretrizes estabelecidas pelo documento M7-A9 (CLSI, 2012) para as bactérias aeróbicas. Foi visto que o CIM para o diclofenaco sódico isolado variou de 78,12 a 1250 µg/mL e que em 12 cepas houve o sinergismo do diclofenaco sódico associado à oxacilina de acordo com Odds (2003), com variação para o diclofenaco sódico de 19,53 a 312 µg/mL e oxacilina variando de 0,065 a 16 µg/mL. O presente estudo demonstrou uma atividade antibacteriana promissora para o diclofenaco sódico isolado e em sinergismo com a oxacilina frente a cepas de SARM, sendo uma possível opção terapêuticaPublicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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