AVALIAÇÃO IN VITRO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DO MIDAZOLAM FRENTE A ISOLADOS DE CANDIDA SPP. RESISTENTES AO FLUCONAZOL, SUA ATIVIDADE CONTRA BIOFILME FORMADO E INVESTIGAÇÃO DO PROVÁVEL MECANISMO DE AÇÃO
Resumo
Com o aparecimento de resistência aos antifúngicos, que pode ser influenciada pela capacidade que algumas espécies de Candida spp. apresentam de formar biofilmes e também pelo reduzido arsenal terapêutico, busca-se novas alternativas que visem driblar essa limitação. O objetivo do trabalho foi avaliar a atividade antifúngica do midazolam sozinho e em associação com fluconazol ou itraconazol frente a isolados clínicos e em forma de biofilme de Candida spp. resistentes ao fluconazol. Utilizou-se a técnica de microdiluição em caldo, descrita pelo Clinical and Laboratory Standard Institute (CLSI), com o intuito de determinar a Concentração Inibitória Mínima (CIM). Realizou-se também ensaios de citometria de fluxo para a investigação do provável mecanismo de ação, avaliação de dano ao DNA pelo ensaio do cometa e teste de citotoxicidade na linhagem L929 de fibroblastos murino. A ação antifúngica do midazolam foi verificada em biofilme formado de três espécies de Candida spp. (Candida albicans, Candida parapsilosis e Candida krusei). O midazolam apresentou CIM que variou de 125 a 250µg/ml. O midazolam não demonstrou citotoxicidade quando avaliada nas concentrações de 31,5 a 500μg/ml. Apresentou redução significativa da viabilidade celular do biofilme de Candida albicans em 500µg/ml, de Candida tropicalis em 1000µg/ml e de Candida parapsilosis em 125µg/ml. Verificou-se também que o midazolam promove diminuição da densidade celular, danos na membrana mitocondrial e que propiciou externalização da fosfatidilserina, mas não foi capaz de produzir espécies reativas de oxigênio ou danos ao DNA. Portanto, o midazolam mostrou-se como potencial antifúngico frente aos isolados testados nesse estudo. Agradecimento à FUNCAP pelo apoio financeiro.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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