BLOGUEIRAS NEGRAS: ESPAÇO DE ATIVISMO DIGITAL E SOCIABILIDADE ENTRE MULHERES NEGRAS

Autores

  • Luizete Vicente da Silva
  • Marcia Vidal Nunes

Resumo

Este projeto de pesquisa tem o objetivo de analisar as narrativas apresentadas pelas ativistas digitais negras, por meio do site Blogueiras Negras, que contribuem para (re)significação de um espaço de sociabilidade entre os sujeitos e de ativismo digital negro que disputa um discurso na comunicação. O site é formado por mulheres negras e afrodescendentes que utilizam a plataforma para publicizar conteúdos sobre as questões da negritude, do feminismo, dentre outros temas de interesse referente às relações étnico-raciais. Pretende-se observar como essas ativistas digitais estabelecem suas narrativas, por meio do site, para criar estratégias de visibilidade e sociabilidade no espaço digital.Investigaremos sobre a questão de gênero e seus aportes teóricos com o recorte racial para compreender a ressignificação dessas questões na sociedade atual, as outras formas de organização dessa temática com a entrada dos outros atores sociais, que até então não faziam parte, disputando o espaço acadêmico que trazem as referências sobre as relações de gênero e raça. Para isso, utilizaremos Judith Butler (2003), Sueli Carneiro (2003) e Djamila Ribeiro (2017) que ajudaram na produção intelectual sobre as questões das mulheres negras. Também utilizaremos Spivak (2010) que trata dos conflitos de poder em que essa classe subalterna está inserida. Abordaremos sobre o lugar de fala destas mulheres negras com a fundamentação de pensadoras como Bell Hooks (1995) e Luiza Bairros (2000) que analisam sobre a disputa do discurso da mulher negra em uma sociedade onde a fala hegemônica da branquitude e masculinidade. Por meio da etnografia, tentaremos observar quais percursos narrativos dessas ativistas negras e suas interações sociais, as estratégias comunicacionais que oferece um espaço que promove o debate de temas relativos às relações raciais e como essa sociabilidade pode proporcionar um ativismo negro digital.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação