CARACTERIZAÇÃO TÉRMICA E MECÂNICA DE NOVOS BIOCOMPÓSITOS REFORÇADOS COM FIBRAS DE MANICARIA SACCIFERA

Autores

  • JÉssica Ribeiro de Oliveira
  • Lloyd Ryan Viana Kotzebue
  • Daniele Barbosa de Freitas
  • Antonio Eufrazio Costa Junior
  • Selma Elaine Mazzetto
  • Diego Lomonaco Vasconcelos de Oliveira

Resumo

A grande preocupação mundial sobre as questões ambientais, que atualmente ocupa um importante espaço social, político e econômico, tornou os materiais sustentáveis e economicamente viáveis altamente desejáveis, tanto na área industrial quanto na acadêmica. Neste sentindo, muitos trabalhos estão sendo reportados na literatura com foco na aplicação de biocompósitos, que podem se destacar como uma alternativa de grande potencial na substituição de compósitos poliméricos convencionais processados com fibras sintéticas. Entre a grande diversidade de fibras naturais estudadas como reforço para o desenvolvimento dos biocompósitos, o tecido extraído da palmeira Manicaria saccifera, popularmente conhecida como tururi, tem ganhado destaque devido a sua singularidade, que está relacionada a orientação das suas fibras, e as suas propriedades térmicas e mecânicas já reportadas na literatura científica. De acordo com o exposto, o principal objetivo desse trabalho foi desenvolver dois biocompósitos a partir de duas matrizes benzoxazinas, reforçados com fibra de Manicaria saccifera. Os biocompósitos foram caracterizados por meio de Análise Termogravimétrica (TGA), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Análises Mecânicas de Tração. As análises dos resultados demonstraram que os elevados conteúdo de cinzas determinados pelas análises TGA indicam o potencial desempenho como retardantes de chama desses materiais. Por meio da análise de tração, os biocompósitos demonstrando boas propriedades mecânicas, além de boa adesão, sugerindo uma interação efetiva entre matriz e reforço, conforme observado pelas imagens de MEV. Deste modo, este estudo indica o potencial desses novos biocompósitos para aplicação especialmente nos setores onde os retardantes de chamas são necessários, como automotivo e os de infraestrutura.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação