CODETECÇÃO DE ANTICORPOS CONTRA DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA NO CEARÁ.

Autores

  • Matheus de Souza Santos
  • Vania Angélica Feitosa Viana
  • Fábio Miyajima
  • Débora Bezerra Silva
  • Juliana Navarro Ueda Yaochite

Resumo

Nos últimos anos, as infecções pelos vírus da dengue, zika e chikungunya, transmitidos por mosquitos do gênero Aedes, tem causado grande impacto na saúde pública do Brasil. Estes vírus possuem semelhanças entre si, o que dificulta o diagnóstico e o tratamento das diferentes arboviroses. A circulação dos vírus em zonas endêmicas é preocupante, uma vez que a coinfecção por dois ou mais deles pode estar relacionada a formas graves e óbitos. Técnicas sorológicas podem detectar anticorpos IgM contra mais de uma arbovírus, indicando possível coinfecção, mas para que esta seja confirmada é necessária a detecção de antígeno através de técnicas moleculares. Este trabalho objetiva avaliar a codetecção de anticorpos contra dengue, zika e chikungunya no Ceará. Trata-se de uma análise de dados laboratoriais de 404 pacientes procedentes de várias cidades do Ceará, cujas amostras foram levadas ao Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará – Lacen/Ce em 2017 para realização de sorologia de IgM e IgG. A sorologia foi realizada pela técnica de ELISA (Enzyme Linked ImmunoSorbent Assay), que se baseia em reações antígeno-anticorpo detectáveis através de reações enzimáticas. As amostras também foram testadas para IgM e IgG de dengue e zika, a fim de realizar um inquérito epidemiológico das três doenças. Os resultados indeterminados foram desconsiderados. Foram identificados 31 casos de codetecção por chikungunya e dengue, 4 de chikungunya e zika, 1 caso de zika e dengue e 2 de tripla infecção. Conclui-se que a vigilância epidemiológica é essencial para entender a dinâmica das arboviroses e que são necessários mais estudos no sentido de avaliar a possível coinfecção por estes vírus e suas repercussões clínicas no Ceará.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação