COMPORTAMENTO CRIMINAL NO BRASIL: METANÁLISE DE VARIÁVEIS CORRELATAS
Resumo
Nas últimas décadas têm se observado diversas publicações que além de discutir o local da prisão na sociedade contemporânea, propõe diversas outras modalidades de penas. O ponto central desses modelos é a avaliação de risco de reincidência em comportamentos criminais, assumindo-o como indicador de sucesso/insucesso. Os métodos para a avaliação de risco se pautam em diversas teorias, se materializando em diferentes instrumentos, tendo esses em comum a eleição de variáveis chave para o engajamento em crimes, no geral relacionadas com o contexto cultural desses países. Diante disso, objetivo deste trabalho é identificar na literatura brasileira variáveis com poder preditivo de reincidência. Para tanto, foi realizada uma revisão sistemática da literatura, acompanhada de metanálises. Inicialmente realizou-se uma no portal de periódicos da CAPES, com os descritores “comportamento criminal” e “Brasil”, em português, espanhol e inglês. Adotou-se como critério de inclusão, a data de publicação (2000-2018), revisão por pares, disponibilidade, investigar o comportamento criminal em adultos e conter informações estatísticas suficientes. Os dados foram analisados por meio do software CMA. Dos 559 artigos encontrados, apenas sete atenderam aos critérios de inclusão, nos quais se identificou 15 variáveis empregadas na investigação do comportamento criminal. Devido à baixa repetição, realizou-se seis metanálises: nível educacional, idade, renda, histórico de reincidência, status marital e vitimização por abuso sexual. Os resultados apontam uma correlação estatisticamente significativa em quatro variáveis, tendo o valor de r variado entre -0,39 e 0,33. Ademais, levando em conta o baixo número de estudos primários, a heterogeneidade das metanálises foi considerada moderada. Em suma, os resultados encontrados corroboram informações recentes da literatura internacional, as quais apontam para uma intima relação entre comportamento criminal imbrincado, fatores sociais e individuais.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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