CONCEPÇÕES DE MILTON FRIEDMAN PARA EDUCAÇÃO
Resumo
Milton Friedman está entre os mais destacados teóricos neoliberais. Ganhador do Nobel de Economia, suas ideias se popularizaram em palestras, livros e programas de TV. Entre suas obras, a de maior relevância é "Capitalismo e liberdade", publicada nos Estados Unidos em 1962 e no Brasil na década de 1980, em que discorre sobre o papel do Estado, dos governos e a importância do livre mercado para a liberdade dos indivíduos. Nela, há um capítulo especialmente dedicado à educação - um economista pensando a educação. Suas proposições influenciaram sistemas educacionais tanto nos países de capitalismo desenvolvido quanto periféricos; realça-se as experiências dos Estados Unidos e do Chile. O país latino-americano contou com a assessoria pessoal do Friedman na implementação de políticas neoliberais (ajuste fiscal, abertura do mercado, privatização, terceirização e publicização) durante a ditadura de Augusto Pinochet. Analisar as concepções desse ideólogo para educação justifica-se na retomada de seus princípios no Brasil do presente. Especificamente retomaremos: obrigatoriedade da educação estatal apenas para crianças; voucher educação possibilitando às famílias "a liberdade de escolher as melhores escolas"; ensino profissionalizante para atender às demandas do mercado; competitividade e rankeamento entre escolas; educação superior privada; restrição do papel do Estado a "garantir as regras do livre mercado" e autorização do funcionamento das instituições educacionais, etc. Após a exposição das principais ideias de Friedman para educação, realizaremos considerações críticas à luz das pesquisas de Diane Ravitch, reunidas na obra "Vida e morte do grande sistema escolar americano - como os testes padronizados e o modelo de mercado ameaçam a educação", e das consequências do empresariamento e mercantilização da educação no Chile.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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