CONVIVER E SOBREVIVER: FAMÍLIA E PODER EM BANABUIÚ-CEARÁ NO SÉCULO XVIII

Autores

  • Aurea Regina de Araujo Ribeiro
  • Almir Leal de Oliveira

Resumo

O trabalho versa sobre a constituição de uma elite conquistadora na região do Banabuiú no Vale do Jaguaribe durante o século XVIII, entendendo as relações familiares enquanto estratégia de reprodução e de progressivo estabelecimento de uma hierarquia de poder. Deste modo, buscaremos analisar os arranjos empregados na tentativa de sobrevivência e reprodução das elites conquistadoras, percebendo a construção de redes de alianças e sociabilidade entre os grupos potentados de Banabuiú, bem como os conflitos e disputas na tentativa de instauração de um poder local. Para tanto, utilizaremos algumas tipologias de fontes caras à proposta e problematização até o momento aqui estruturadas. Podemos destacar em especial os ofícios e requerimentos, as cartas de doação de sesmarias e os inventários post mortem. Todos sob guarda e acesso do Arquivo Público do Ceará (APEC). Além dos registros paroquias como certidões de batismo, casamento e óbito e as genealogias, onde poderemos obter registros sobre a origem social dos sesmeiros (donos das terras obtidas por carta de sesmaria). Até o momento, os esboços das análises apontam um grupo familiar em destaque, os Correia Vieira, permitindo perceber o quanto a construção de redes sociais na região reflete a necessidade existente de se organizar e angariar novos meios de manter estruturas e conservar privilégios e que as várias alianças pensadas, o desejo de posse de terra e postos no oficialato militar comungavam com interesses pautados no enriquecimento através dos moldes postos pela sociedade colonial emergente. E a família Correia Vieira é um exemplo de muitos outros possíveis e existentes na mesma região e dão conta de fornecer as principais premissas para uma possível compreensão mais apurada do período colonial. Todavia, ainda há muito a ser feito. Por fim, nosso sincero agradecimento ao apoio da Fundação de Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) que faz possível o encaminhamento da pesquisa.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação