DAS RELAÇÕES CANIBAIS DE UM ESTADO CAPITALISTA: EM BUSCA DA PANACEIA PARA O DESENVOLVIMENTO URBANO DE FORTALEZA-CE

Autores

  • Breno Santiago Holanda
  • Luis Renato Bezerra Pequeno

Resumo

Considerando as alterações decorrentes da implantação de um novo regime de acumulação – financeirizado –, percebe-se a emergência de um novo modo de regulação, que implica na reconfiguração do Estado moderno para continuar garantindo o processo de reprodução ampliada do capital. Sustenta-se, portanto, a necessidade constante de repensar as bases analíticas sobre o Estado na Geografia, tão logo ele se modifique e se complexifique. Assim, tem-se por objetivo refletir sobre a estrutura adotada na pesquisa que resultará na dissertação, entendendo as transformações e contrarreformas, assumidas pelo o Estado, que visam legitimar e ampliar os espaços para a reprodução e a acumulação do capital. Para melhor operacionalizar o estudo, o mesmo foi dividido em 3 eixos temáticos principais: 1) a produção do espaço pelo Estado via financiamento dos projetos urbanos; 2) a produção do espaço pelo Estado via Parcerias Público-Privadas (PPPs) e 3) a produção do espaço pelo Estado via Remoções. Os procedimentos metodológicos consistem/consistirão na elaboração de uma matriz metodológica a partir de processos, variáveis e indicadores, na revisão bibliográfica; no levantamento de dados; na constituição de uma hemeroteca; no georrefenciamento e elaboração de mapas; na análise documental de denúncias criminais, projetos, programas e leis e em entrevistas a seguimentos importantes. Como resultado, esta dissertação consiste em um capítulo inicial eminentemente teórico, com o objetivo de formular as bases de interpretação para as três variáveis a serem trabalhadas cada uma em cada um dos capítulos subsequentes. As conclusões caminham no sentido de que o Estado não mudou a relação de subordinação ao Capital. O Capital que mudou e o Estado, consequentemente, se transformou. Nesse sentido, a recente atuação do Estado é para assegurar um novo padrão de acumulação e que, em um novo período do capitalismo, é necessário abrir algumas fronteiras para esse novo Capital entrar.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação