DETERMINAÇÃO DE ANTRAQUINONAS NO EXTRATO ETANÓLICO DAS FOLHAS DE CHAMAECRISTA DUCKEANA (P.BEZERRA & AFR.FERN.) H.S.IRWIN & BARNEBY

Resumo

Chamaecrista Moench, possui cerca de 330 espécies e destaca-se como um dos maiores gêneros da subfamília Caesalpinioideae, sendo que no Brasil ocorrem 259 espécies, das quais 213 são endêmicas. As espécies são largamente distribuídas, porém há poucos estudos quanto a composição química do gênero. Em um dos poucos estudos com Chamaecrista gregii, foram identificados compostos antraquinônicos e triterpenoides. As antraquinonas e antronas apresentam ação laxativa, quando administrada em pequenas doses, e purgativa, quando em doses maiores, sendo utilizadas deste a antiguidade para estas fins. As antraquinonas são consideradas potencialmente úteis em diversas aplicações farmacológicas, uma vez que na literatura são citadas como antioxidantes e captadoras de radicais livres, podendo exibir atividade antiprotozoária, também já foi citada sua atividade inibitória sobre o crescimento de Helicobacter pylori, bactéria associada ao surgimento de câncer gástrico. Atividades antiviral e antimicrobiana, antifúngica, citotóxica bem como efeitos analgésicos também são comprovadas para esta classe de composto. Este trabalho teve por objetivo quantificar as antraquinonas do extrato etanólico das folhas de Chamaecrista duckeana (P.Bezerra & Afr.Fern.) H.S.Irwin & Barneby. A planta foi coletada no município de Massapê – Ce, a identificação foi realizada pelo Herbário Prisco Bezerra no Campus do Pici, da Universidade Federal do Ceará, com número de exsicata 61466. Usou-se o método espectrofotométrico baseado na reação colorimétrica de Bornträeger para quantificar as antraquinonas, sendo os teores expressos em crisofanol. O resultado foi considerado promissor (3819 ppm), sendo este o primeiro trabalho de determinação de antraquinonas nesta espécie sugerindo que essa classe de substâncias pode ser uma das responsáveis pela atividade antioxidante relatada em trabalho anterior.