DIFERENÇAS NOS RESULTADOS DA ANÁLISE TÉRMICA POR TG, DTG E DSC DE UMA AMOSTRA DE ARGILA UTILIZANDO AR SINTÉTICO OU NITROGÊNIO COMO ATMOSFERA.

Autores

  • Lais Candido da Silva
  • Alessandra Farias Formiga Queiroga Barreiras
  • Ricardo Emílio Ferreira Quevedo Nogueira
  • Samuel Lucas Santos Medeiros
  • Jose Silvio Veras Albuquerque
  • Maria Alexsandra de Sousa Rios

Resumo

A análise térmica é largamente difundida no estudo do comportamento químico e físico de amostras e substâncias em função da temperatura. Alguns dos métodos de análise térmica mais comuns são a Termogravimetria (TG), que analisa a variação da massa com a temperatura, sua derivada primeira (DTG), que resulta em uma curva com picos mais definidos, e a Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC), que avalia a variação de energia entre a amostra e uma referência. O ensaio é realizado perante uma atmosfera específica, que pode ser de ar sintético, nitrogênio (N2) ou até mesmo gás carbônico (CO2). O presente trabalho avaliou as diferenças nos resultados da TG, DTG e DSC dependendo da atmosfera utilizada no ensaio, que foi de ar sintético ou nitrogênio (N2). O material escolhido para ser avaliado foi a argila, que é um material simples, porém, amplamente utilizado na indústria, principalmente a de construção civil. A argila foi peneirada para que não houvesse interferência do tamanho dos grãos no ensaio e dividida em duas amostras, uma foi submetida à análise térmica com atmosfera de ar sintético e a outra foi submetida ao ensaio com atmosfera de nitrogênio (N2). Os ensaios ocorreram no equipamento NETZSCH STA, do Laboratório de Materiais Avançados da UFC. Para as análises de TG e DTG, não foram observadas diferenças significativas nas curvas do ensaio com atmosfera de ar sintético e de nitrogênio (N2), o que mostra que para esse tipo de análise, qualquer um dos dois tipos de atmosfera poderia ser utilizado. Já para a análise de DSC, as curvas apresentaram algumas mudanças, principalmente na conformação, mas também, a curva obtida com a atmosfera de ar sintético mostra uma maior clareza na determinação dos picos em relação à curva obtida com atmosfera de nitrogênio (N2), o que permite concluir que a atmosfera de ar sintético se mostra mais eficiente para a análise de DSC em argilas.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação