EFEITO INIBITÓRIO DA SINVASTATINA IN VITRO SOBRE BIOFILMES DE ESPÉCIES DO COMPLEXO SPOROTHRIX SCHENCKII
Resumo
A esporotricose é uma doença subcutânea causada por fungos dimórficos pertencentes ao complexo Sporothrix schenckii, os quais são capazes de formar biofilmes in vitro tolerantes as drogas antifúngicas. No tratamento da esporotricose são utilizadas drogas antifúngicas, como iodeto de potássio, anfotericina B, itraconazol e terbinafina, entretanto a toxicidade e o surgimento de cepas com baixa sensibilidade a essas drogas têm estimulado a expansão do arsenal terapêutico da esporotricose, sendo o reposicionamento de fármacos uma estratégia aplicável à essa expansão. Nesse contexto, as estatinas são drogas que atuam como redutoras de colesterol possuindo potencial atividade antimicrobiana. Assim, foi avaliada a atividade antifúngica de sinvastatina sobre biofilmes de espécies do complexo Sporothrix schenckii. Para tanto, foram utilizadas 18 cepas de Sporothrix spp. (08 S. brasiliensis, 04 S. globosa, 02 S. mexicana e 04 S. schenckii sensu stricto) neste estudo. A sensibilidade do biofilme da forma filamentosa foi feita através de biofilmes formados após adesão celular a 35 ºC por 24 horas, expostos a sinvastatina em concentrações de 4 a 2048 μg/mL e a 0,03 a 16 μg/mL de anfotericina B, itraconazol e terbinafina. A atividade metabólica dos biofilmes expostos a sinvastatina foi mensurada por ensaio colorimétrico de redução de XTT, o qual foi realizado em espectrofotômetro a 492 nm. As concentrações inibitórias mínimas capazes de inibir 50% e 90% (CIMB50 e CIMB90) dos biofilmes foi mensurada. Assim, as CIMB50 e CIMB9 dos biofilmes expostos a sinvastatina foram de 128 μg/mL e de 512 μg/mL, respectivamente. Por fim, sinvastatina apresentou atividade antifúngica sobre biofilmes da forma filamentosa de Sporothrix spp. Estes resultados destacam o potencial antifúngico da sinvastatina.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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