EFEITO SINÉRGICO IN VITRO ENTRE DICLOFENACO E ANTIFÚNGICOS EM ESPÉCIES DE CANDIDA TROPICALIS

Autores

  • Jaiane Alves Brasil
  • Jonathas Sales de Oliveira
  • Vandbergue Santos Pereira
  • Gerlane Luziana de Maria
  • Marcos Fábio Gadelha Rocha
  • Raimunda Samia Nogueira Brilhante

Resumo

A resistência antifúngica em Candida tropicalis constitui um grave problema de saúde pública. Novas abordagens terapêuticas, como as combinações de fármacos, são estratégias necessárias para potencializar os efeitos dos antifúngicos. Este estudo avaliou os efeitos da combinação do diclofenaco com os antifúngicos fluconazol (FLC), anfotericina B (AMB) e voriconazol (VRC) contra células planctônicas de Candida tropicalis. Para tanto, as Concentrações Inibitórias Mínimas (CIMs) das drogas isoladas e combinadas contra 6 cepas de C. tropicalis ( 04 cepas resistentes e 02 sensíveis) foram determinadas através dos testes de sensibilidade antifúngica de acordo com o documento M27 – A3 e o método checkerboard, respectivamente. A interação entre o diclofenaco e os antifúngicos foi definida calculando-se o Índice de Concentração Inibitória Fracionária (ICIF). O diclofenaco apresentou CIM de 1024 µg/mL, para 100% de inibição do crescimento fúngico, em todos os isolados testados. Já os antifúngicos FLC, VRC e AMB os valores de CIM exibiram variações, com FLC apresentando CIM de 1 a 128 μg/mL e 4 isolados resistentes (CIM ≥ 8 μg/ml); VRC com CIM de 0,125 a 16 μg/mL e 4 isolados resistentes (CIM ≥ 1 μg/ml) e AMB com CIM de 0,125 a 1 μg/mL, portanto todos sensíveis. Observou-se efeito sinérgico (ICIF ≤ 0,5) na combinação de diclofenaco com fluconazol, bem como do diclofenaco com voriconazol contra todas as cepas resistentes analisadas; no entanto, nas cepas consideradas sensíveis esses mesmos antifúngicos apresentaram interações indiferentes (ICIF = 0,5 < ICIF ≤ 4). As combinações entre diclofenaco e anfotecina B apresentaram interações sinérgicas (ICIF ≤ 0,5) para uma cepa e interações indiferentes (ICIF = 0,5 < ICIF ≤ 4) para as demais. Conclui-se que o farmaco testado tem a capacidade de interagir sinergicamente com as drogas antifungicas classicas analisadas, quando, frente a cepas de Candida tropicalis resistentes. Agradecemos a CAPES/ FUNCAP/ CNPq.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação