ENTRE O FASCÍNIO: A FORMAÇÃO DA CRÍTICA TELEVISIVA NA IMPRENSA (1964-1982)
Resumo
O objetivo do trabalho é analisar a formação da crítica televisiva a partir de colunas de opinião em cadernos culturais na imprensa de São Paulo e Rio de Janeiro, na década de 1960 e 1970. Durante a ditadura civil-militar, a televisão torna-se projeto político por meio da Doutrina de Segurança Nacional e Desenvolvimento (DSND), formulada pela Escola Superior de Guerra (ESG), entre o capital público e o financiamento privado na formação de uma indústria cultural. "Modernização conservadora"é conceito do historiador Rodrigo Patto de Sá Motta (2014) que abrange as contradições de um regime ditatorial do combate ao inimigo comunista e a abertura do capital privado para modernização dos meios de comunicação de massas. Dessa forma, os discursos sobre televisão e construção de projetos políticos e culturais para pensar possibilidades de futuro para a TV circulam não só no espaço institucional, mas também na sociedade civil, sobretudo, entre críticos de esquerda. As fontes utilizadas são a Revista da Televisão, os cadernos Cartazes da Cidade do Diário Carioca, Caderno B do Jornal do Brasil, Revista UH do Última Hora, Segundo Caderno do Tribuna da Imprensa, o jornal alternativo Brasil Urgente e o semanário literário do Estado de São Paulo. A crítica à TV como espaço próprio de discussão dos usos do conteúdo possibilita pensar como a televisão torna-se instrumento para a intelectualidade da esquerda no eixo São Paulo-Rio de Janeiro.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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