ENVELHECER NA METRÓPOLE: APROPRIAÇÃO DOS ESPAÇOS DE LAZER DA ORLA DE FORTALEZA-CE PELOS IDOSOS

Autores

  • Ana Leticia Freitas Lima
  • Maria Clelia Lustosa Costa

Resumo

O envelhecimento da população é um fenômeno inexorável que se dá em escala global. Os últimos quatro censos demográficos realizados no Brasil pelo IBGE indicam um aumento crescente da participação deste grupo etário, que compreende pessoas com 60 anos ou mais, sobre a população total do país. A população idosa no Brasil saiu de 6% em 1980 para atingir a marca de 10,7% em 2010. Para 2020, o IBGE estima que a população idosa brasileira chegue a 14,2% do número total de habitantes do país. Assim, constatado a iminência desse processo, e de que na contemporaneidade as pessoas vivem majoritariamente nas cidades, esta pesquisa busca conhecer os idosos residentes e/ou frequentadores da orla de Fortaleza, bem como as atividades realizadas nos espaços de lazer no litoral, buscando compreender como esta população, em diferentes níveis socioeconômicos, se apropria destes espaços. A metodologia desta investigação se pauta em três etapas, inicialmente a revisão bibliográfica sobre a temática em estudo; posteriormente, o levantamento de dados secundários, principalmente de natureza populacionais e infraestruturais, fornecidos por órgãos como o IBGE e a Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente de Fortaleza (SEUMA); e por fim, o campo com levantamento de dados primários através da aplicação de questionários com a população idosa de três setores do litoral fortalezense. Ao iniciar pelo setor leste, mais especificamente pela Praia do Futuro, os dados levantados preliminarmente indicam que a população idosa frequenta pouco este espaço para fins de lazer, principalmente em virtude da necessidade de trabalhar e também pela insegurança e precariedade das infraestruturas. Dessa forma, evidencia-se a necessidade de atenção aos espaços de lazer da cidade bem como implementação de políticas públicas que viabilizem através da promoção do lazer, esporte e convivência/sociabilidade, um envelhecimento ativo e saudável. Agradeço à CAPES pelo apoio financeiro à pesquisa.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação