ESTUDO DA SOBREVIDA GLOBAL (SG) E SOBREVIDA LIVRE DE EVENTOS (SLE) EM PACIENTES COM LINFOMA DE HODGKIN

Autores

  • Yensy Mariana Zelaya Rosales
  • Juliene Lima Mesquita
  • Yhasmine Delles Oliveira Garcia
  • Fernando Barroso Duarte
  • Maria Helena Pitombeira
  • Romelia Pinheiro Goncalves Lemes

Resumo

O Linfoma de Hodgkin (LH), tipo de câncer que se origina nos linfonodos, surge quando um linfócito se transforma em uma célula maligna que cresce de forma descontrolada e pode se disseminar por via hematogênica para outros órgãos. A extensão da doença pode variar do estágio I ao IV. O LH está classificado de acordo com o tipo histopatológico segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) em: LH nodular com predomínio de linfócitos e Linfoma de Hodgkin Clássico (LHc). As formas de tratamento do LHc dependem do estadio da doença, podendo ser através de quimioterapia e/ou radioterapia. O objetivo do estudo foi associar variáveis que influenciam a sobrevida global (SG) e sobrevida livre de eventos (SLE). Estudo descritivo e retrospectivo dos pacientes diagnosticados com LHc, em acompanhamento no ambulatório de Hematologia do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) no período de 2000 a 2018 que realizaram o tratamento com o protocolo ABVD. A sobrevivência foi determinada usando o método Kaplan-Meier teste Log-Rank Mantel-Cox. Foram incluídos no estudo um total de 314 pacientes, a maior parte representava o sexo masculino com 159 (50,5%) e 156 (49,5%) do feminino. A idade dos pacientes ao diagnóstico apresentou média de 29,98±12,00. As variáveis que influenciaram a maior SG estão relacionadas a idade menor de 45 anos (87,58%) (p=0.0252), utilização da radioterapia 92,37% (p<0,0002), resposta ao tratamento completa 94,51% (p<0,0001) e tempo menor de 1 ano até o diagnóstico tiveram uma maior SG (96,25%) (p<0,0001). Em relação a SLE, o tempo maior de 1 ano do diagnóstico influenciou de maneira negativa 74 (74,55%) (p=0.0106). Os dados do estudo demostram que os pacientes apresentam uma boa taxa de resposta completa a primeira linha de tratamento, os fatores prognósticos relacionados a faixa etária, tratamento e resposta a terapia interferiram na SG e o tempo de diagnostico tanto na SG quanto na SLE.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação