FAZER-SE MERCADOR NA COLÔNIA: TRAJETÓRIAS MERCANTIS ENTRE O RIO DA PRATA E BOUPEBA NO BRASIL AO LONGO DO SÉCULO XVII

Autores

  • Queila Guedes Feliciano Barros
  • Almir Leal de Oliveira

Resumo

FAZER-SE MERCADOR NA COLÔNIA: TRAJETÓRIAS MERCANTIS ENTRE O ESTADO DO BRASIL E O PORTO DE BUENOS AIRES (1602 a 1668) Esta trabalho analisa a formação de uma rede mercantil luso-hispânica no Rio da Prata e o deslocamento de seus negócios para o Brasil, mapeando a sua atuação no abastecimento dos portos de São Sebastião do Rio de Janeiro, São Salvador Bahia e Vila de Pernambuco entre os anos 1602 a 1680, a formação desta rede mercantil, teve início com a abertura do porto de Buenos Aires, no contexto da União Dinástica, através da concessão de mercês a mercadores portugueses no Rio da Prata, o que permitiu acesso aos frutos da terra platina, que logo, passaram a ser comercializados no Estado do Brasil, garantindo o abastecimento em troca de participar do tráfico negreiro. A prestação de serviços a Coroa Portuguesa, por meio do abastecimento, possibilitou aos mercadores luso-hispânicos adquirir mercê de comércio no Brasil e participar do processo de conquista por meio da ocupação de cargos da governança, quebrando os padrões de legalidade impostos pela metrópole em detrimento de arranjos concedidos pela administração local. Desta maneira, defende-se a hipótese de que a consolidação da conquista na América portuguesa, foi possível devido a atuação de membros da rede mercantil luso-hispânica no projeto colonizador português através da manutenção de uma rota alternativa de comércio que garantiu o abastecimento e a fixação dos colonos nos espaços recém conquistados. O corpus documental da Tese é composto por manuscritos avulsos do Arquivo Histórico Ultramarino (referentes às Capitanias do Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia), Registros de Navios e Atas do Cabildo do Archivo General de la Nación Argentina, Correspondência do Senado e Alvarás de Licença para embarcar e navegar do Arquivo Público do Estado da Bahia.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação