FEMINISMOS DE SEGUNDA ONDA: A UNIÃO DAS MULHERES CEARENSES
Resumo
A União das Mulheres Cearenses (UMC) foi uma entidade que surgiu, em 1979, após o fim do Movimento Feminino pela Anistia. Com a aprovação da Lei Nº 6.683, em 28 de agosto de 1979, que concedeu anistia a a boa parte dos que cometeram os chamados crimes políticos houve uma mudança de engajamento, que proporcionou as demandas de novas pautas.Isso fez com que as discussões feministas, realizadas na década de 1970, fossem ganhando espaço, nos movimentos sociais no Ceará, no final da Ditadura Militar brasileira. O processo de organização, portanto, da UMC, decorreu por causa das mudanças de pautas. Dessa forma, as mulheres passaram a compor uma organização em busca de melhores condições de vida , trabalho, mas também contra a violência, e, ainda, em desfavor do regime político ditatorial, que estava vigente no Brasil. Assim, a partir do diálogo com a História Oral, da realização de entrevistas, assim como da análise dos documentos, produzidos pela entidade, compreendemos a pluralidade dos feminismos emergentes, na década de 1970. Percebemos que a União de Mulheres Cearenses participou desse campo de disputa, no qual as entidades feministas estavam inseridas e promoviam as discussões em torno dos interesses e pautas que agregavam à luta das mulheres. Essas disputas, comuns durante a ascensão do feminismo de Segunda Onda, provocaram, dentre tantas questões, a possibilidade de perceber as múltiplas variações abordadas pelo movimento, o que proporcionou a pluralização das ideias feministas e seu entendimento como luta diversificada, mas, ao mesmo tempo, agregadora das diferentes demandas que havia no período.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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