FOUCAULT E AS ÉTICAS HELÊNICAS: PARA UMA ESTÉTICA DA EXISTÊNCIA
Resumo
Nos tempos em que vivemos, constata-se certa inércia quanto à criação de modos de vida que prezem pela experiência e desfrute do presente. Os tempos são acelerados, não há meios claros para que possamos, em potência criativa, realizar uma vida que se afaste da mera reprodução do sistema vigente. Foucault (1926-1984), observando esta realidade contemporânea, realizará um estudo para buscar pistas que possam contribuir a uma vida estética, onde se faz dela mesma uma obra de arte, que rompe com a lógica do capital desenfreado. Realizou-se um estudo de uma de suas entrevista a Hubert Dreyfus e Paul Rabinow para ver como o autor propõe a reflexão para fugirmos desta condição, e viu-se que neste movimento, ele busca nos antigos, especificamente nos helênicos, uma compreensão de seu modo de vida. Daí se conclui que não se trata de com isso buscar reproduzir de forma igual, a seguir a mesma filosofia agora na atualidade, pois os tempos são outros, a conjuntura é outra, e assim isso seria impossível. Mas sim, o caso de a partir dos antigos, desde Sócrates até os epicuristas e estoicos, criarmos nosso próprio modo de viver estético, tendo em vista seus ensinamentos, suas vidas exemplares que no fim das contas nos motivará a dar nosso próprio passo em direção a uma vida mais bela e saudável nesse mundo de constante ansiedade. Foucault então analisa como tais filósofos encaravam a sexualidade, o estudo, a fala, escrita, o outro; como se relacionavam com a adversidade, quais seus conselhos para o alcance da tranquilidade da alma. Há uma urgência desta busca no mundo contemporâneo, a fim de aprendermos a lidar com nossos males e conflitos. Para isso, conclui-se que, para remediar essa situação, somente o erigir de um novo modus operanti, de meios para produzir uma nova vida tendo em vista esse fim estético.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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