INDÚSTRIA CULTURAL E SEMIFORMAÇÃO: UMA REFLEXÃO A PARTIR DO PENSAMENTO DE ADORNO PARA UMA EDUCAÇÃO EMANCIPATÓRIA
Resumo
O objetivo deste trabalho é dissertar sobre as as concepções do filósofo Theodor Adorno acerca da sua crítica à questão da indústria cultural e da semiformação, apontando a necessidade de uma educação emancipatória como mediação para o esclarecimento, a autonomia e a formação do sujeito. Para Adorno, o advento do capitalismo trouxe uma descentralização da cultura por meio de uma falsa concepção relativa à valorização da subjetividade humana, porém a interioridade dos sentimentos não foi evidenciada, mas sim a mercantilização da cultura, tornando-a uma indústria. Desse modo, os consumidores da indústria cultural são condicionados aos bens padronizados, incluindo crianças e jovens que cada vez mais são influenciados por esta padronização, levando-os a uma semiformação e a um estranhamento da sua individualidade. Contudo, Adorno acredita que a educação, principalmente no âmbito escolar, pode ser um instrumento de amenização e/ou superação dessa semiformação, podendo levar o educando ao esclarecimento e à autonomia. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho teórico e prático que utilizará, além do referencial bibliográfico, questionários e entrevistas com graduandos do curso de pedagogia de uma universidade pública. Assim, como resultado parcial, percebemos a necessidade de uma formação de professores voltada para o desenvolvimento de uma prática educativa reflexiva, visando a formação integral do educando. Concluímos que o pensamento de Adorno possui subsídios teóricos para o desenvolvimento de uma educação que revele as influências da indústria cultural por meio do esclarecimento e fomente a autonomia e a emancipação humana. Agradecemos a CAPES pelo suporte financeiro recebido na bolsa de mestrado em educação.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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