LEVANTAMENTO DOS AGROTÓXICOS UTILIZADOS PELOS AGRICULTORES DA REGIÃO DA CHAPADA DE IBIAPABA-CE.

Autores

  • Francisco Luan Almeida Barbosa
  • Mateus Guimarães da Silva
  • Thais da Silva Martins
  • Carlos Roberto Irias Zelaya
  • Maria Eugenia Ortiz Escobar

Resumo

Atualmente, na agricultura há uma intensificação cada vez mais crescente da utilização de agrotóxicos, sendo que estes produtos possuem tanto na sua composição molecular quanto em suas impurezas elementos potencialmente tóxicos (EPT) ao ambiente. O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento dos agrotóxicos utilizados na região por meio da aplicação de questionários a agricultores, com o intuito de identificar os agrotóxicos que apresentem EPT e comprometam a qualidade do ambiente na região. A área de estudo está localizada na região da Chapada de Ibiapaba, estado do Ceará, área com aptidão agrícola devido às condições edafoclimáticas favoráveis e com grande uso de insumos químicos. É destaque na região o cultivo de frutíferas além de ser referência nacional na produção de flores destinadas à exportação. Nestes cultivos, é comum a utilização de agrotóxicos em todas as fases de produção. Foram entrevistados cerca de 50 agricultores, no município de São Benedito-CE, em dois locais: no escritório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) e em uma loja de comércio de agrotóxicos, locais escolhidos por apresentarem um grande fluxo de agricultores. Os resultados mostram que os agrotóxicos mais utilizados na região são inseticidas (70%) e fungicidas (30%). Os Inseticidas mais utilizados são Decis (47,6%), Lannate (47,6%) e outros produtos (5,2%). Dentre os fungicidas foram citados, Manzate (55%), Cercobin (20%), Recop (15%) e Cuzate (10%). Salienta-se que os herbicidas são aplicados no solo de forma esporádica apenas no período chuvoso. Com estes resultados, pode-se inferir que há uma possibilidade de encontrar EPT nos solos dessa região, comprometendo a qualidade do ambiente com a possibilidade de atingirem as águas subterrâneas. Agradecimentos: CAPES e ao Grupo Qualidade do Solo e Química Ambiental (QSQA)

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação