LGBTQI+ NOS ESTUDOS BRASILEIROS DA COMUNICAÇÃO E DO JORNALISMO: UM MAPEAMENTO DAS PRODUÇÕES ACERCA DO TEMA
Resumo
Este artigo tem o objetivo de produzir, a partir de um rastreamento das Teses e Dissertações produzidas no Brasil disponibilizadas no Portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, um mapeamento das pesquisas acadêmicas sobre a população LGBTQI+ (lésbicas; gays; bissexuais; transexuais, travestis e transgêneros; queer; intersexuais; e demais orientações sexuais e identidades e expressões de gênero) nos Programas de Pós-Graduação em Comunicação brasileiros. Com período de análise datado de 1997 a 2018, apresentamos um panorama das pesquisas e percebemos se as identidades de gênero e sexualidades são uma preocupação contemporânea do campo da Comunicação e do Jornalismo. A nossa proposta, portanto, constrói uma paisagem de como as orientações sexuais e identidades e expressões de gênero não normativas têm sido utilizadas como objeto de análise das pesquisas produzidas neste universo de estudos. Por meio de uma análise documental e de conteúdo, construídas sobre o prisma da Teoria Queer, os resultados apontam que há uma “queerização” dos estudos da comunicação e do jornalismo, que passam a se utilizar programadamente dos recursos dos estudos Queer. Além disso, constatou-se a elevação do número de pesquisas quando comparados os dois períodos de análise, sendo 38 trabalhos de 1997 a 2012, e mais que o dobro, 84 produções de 2013 a 2018; a prevalência da análise da representação LGBTQI+, que norteava 52 dos objetivos traçados; e uma concentração de estudos nos círculos jornalístico, cinematográfico, do entretenimento televisivo, das redes sociais e da interface comunicação e cultura.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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