MAIS MÉDICOS: UMA AVALIAÇÃO DA POLÍTICA PÚBLICA A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO DISTRITO DE NOVA FLORESTA, EM JAGUARIBE (CE)
Resumo
Introdução. O Mais Médicos foi criado pelo Governo Federal em julho de 2013, por meio da Medida Provisória 621 e depois instituído pela Lei 12871/2013. Dentre os objetivos do programa destacam-se: reduzir as desigualdades regionais, fortalecer a prestação de serviços na atenção básica em saúde e aprimorar a formação médica. Em 2013, em Nova Floresta, distrito do município de Jaguaribe (CE), um médico cubano foi destacado para atuar junto à Unidade Básica de Saúde. Após dois anos, foi substituído por outro cubano: o médico Juan Ramón Leyva Aguilera. O contrato do médico Juan Ramón foi prematuramente extinto em novembro de 2018 após Cuba convocar de volta todos os médicos ligados ao programa. Objetivos. Avaliar a política pública do Mais Médicos com base em metodologias e paradigmas que não se limitem a dados quantitativos nem à aferição de conceitos tais como sucesso/insucesso, eficiência/ineficiência. Temos, portanto, como objetivo avaliar essa política levando em conta critérios de profundidade, complexidade, multidimensionalidade e tendo como valor central a experiência com a política pública. Metodologia. Para tanto, utilizaremos autores do campo de Avaliação de Políticas Públicas, como Raul Lejano, o qual nos apresenta ao modelo experiencial de avaliação pós-estruturalista, e Virgínia Kastrup, com o método cartográfico. Resultados. Um programa como o Mais Médicos pode apresentar uma gama de dados rica e complexa, a qual apenas pode ser propriamente captada por meio de uma metodologia de pesquisa que respeite tal complexidade. Dessa forma, modelos hegemônicos de avaliação de políticas são incapazes de abarcar tal profundidade, sendo necessário o apego a modelos contra-hegemônicos de pesquisa e avaliação. Conclusão do trabalho. Em 2019, com as transformações impostas ao Mais Médicos, foi necessário fazer um apanhado acerca do trabalho desenvolvido, de modo a registrar a experiência vivenciada pela população alvo dessa política pública de atenção básica à saúde.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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