METAMORFOSES DE MULHERES GUINEENSES EM INTERCÂMBIOS ESTUDANTIS NO BRASIL: UMA ANÁLISE DAS VICISSITUDES DA FORMAÇÃO E SEUS EFEITOS PARA A IDENTIDADE

Autores

  • Honorata Dias
  • Aluisio Ferreira de Lima

Resumo

O presente estudo tem como objetivo analisar, por meio de narrativas de história de vida de mulheres guineenses, as vicissitudes da formação nos intercâmbios estudantis no Brasil, em especial, no Ceará. Para tanto, pretende-se compreender as metamorfoses identitárias de mulheres guineenses em processo de formação superior no Brasil, assim como as experiências do processo de intercâmbio estudantil. A pesquisa tem como referencial teórico autores como Ciampa (1998, 2008), Lima (2014), Hall (2011), Mungoi (2012), entre outros que discorrem sobre identidades e o caráter psicossocial dos sujeitos na contemporaneidade. A pesquisa tem como posicionamento teórico-metodológico o método qualitativo e contou com a participação de estudantes em formação superior no Ceará. Foi realizada a entrevista de história de vida, gravada e transcrita, na perspectiva de compreender as percepções dos colaboradores e suas vivências em relação à temática da formação no Brasil, assim como as expectativas de reinserção das estudantes Guineenses ao país. Ao que cabe a esse estudo, entendemos que ao virem para o Brasil, as estudantes africanas guineenses trazem consigo as suas múltiplas expressões de suas identidades. Em um novo contexto sociocultural, a identidade das jovens mulheres que começou a ser construída desde quando nasceram continua em processo de transformação. Apesar de já terem uma vivência multicultural bastante presente em seu país, o encontro das estudantes com culturas diferentes abre espaço para um novo diálogo acerca de construção e reconstrução da identidade, visto que é preciso considerar que, além da questão envolvendo a educação superior, a experiência das estudantes no intercâmbio acaba sendo também de troca cultural de experiência coletiva e individual. Essa produção contou com o financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ao qual somos gratos pela concessão da bolsa de mestrado que possibilitou a realização dessa pesquisa.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação