MODELO DE PREVISÃO PARA O COEFICIENTE DE ATRITO PARA O AEROPORTO INTERNACIONAL DE FORTALEZA

Autores

  • JosÉ Breno Ferreira Quariguasi
  • Saulo Davi Soares e Reis
  • Francisco Heber Lacerda de Oliveira

Resumo

Pousos e decolagens são as fases de um voo mais suscetíveis à ocorrência de acidentes, e as características de atrito da pista de pouso e decolagem (PPD) e a eficácia de frenagem da aeronave são, em muitas situações, a causa principal ou pelo menos um dos fatores contribuintes. Dessa forma, é imprescindível o acompanhamento constante das condições de aderência pneu-pavimento das PPD – representadas pela macrotextura e pelo coeficiente de atrito – a fim de garantir a segurança das operações. A Agência Nacional de Aviação Civil estabelece que os operadores de aeródromos devem realizar medições periódicas da macrotextura e do coeficiente de atrito em função do número de pousos na PPD. Logo, quanto maior a quantidade de pousos, mais medições devem ser feitas e, consequentemente, por mais tempo a PPD deve ser parcial ou totalmente interditada. Grande parte dos operadores de aeródromos tomam decisões sobre serviços de M&R baseadas na necessidade imediata ou na experiência, não permitindo assim uma utilização mais racional dos recursos empregados. Em vista disso, este trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de um modelo de previsão para o coeficiente de atrito medido em PPD por meio da utilização de Redes Neurais Artificiais para o Aeroporto Internacional de Fortaleza com o intuito de auxiliar na tomada de decisão quanto aos serviços de M&R. Para tanto, foram utilizados dados referentes ao trecho da PPD em que foram realizadas as medições de coeficiente de atrito, tempo entre a medição e o último procedimento de remoção de acúmulo de borracha, quantidade de operações, temperatura média e amplitude térmica. Resultados preliminares indicam uma precisão de 65,7% na fase de teste e um Erro Quadrático Médio de 0,364, mostrando-se como uma ferramenta viável para a garantia da segurança das operações de pouso e decolagem.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação