NOVOS BIOMARCADORES DE LESÃO RENAL AGUDA EM RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS COM SEPSE: DIAGNÓSTICO PRECOCE

Autores

  • Joycilene da Silva Barbosa
  • Rosângela Pinheiro Gonçalves Machado
  • Elizabeth de Francesco Daher
  • Geraldo Bezerra da Silva Júnior
  • Alice Maria Costa Martins
  • Romelia Pinheiro Goncalves Lemes

Resumo

A lesão renal aguda (LRA) é comum na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e a sepse é uma das principais causas, especialmente em prematuros, estando associada a maus resultados e aumento da mortalidade. Este estudo teve como objetivo discutir a LRA em recém-nascidos prematuros com sepse, abordando etiologia, epidemiologia, sinais clínicos, fisiopatologia, diagnóstico, principais biomarcadores da rotina laboratorial e biomarcadores não convencionais. Trata-se de uma revisão de literatura, com abordagem qualitativa, que encontrou alguns resultados como: os fatores de risco para LRA em neonatos incluem peso muito baixo ao nascer, síndrome do desconforto respiratório, medicamentos, dentre outros. Estudos mostram frequência de 10,8% de LRA em UTIN, onde a sepse foi uma das causas mais comuns. Dentre os sinais clínicos estão instabilidade térmica, dificuldade respiratória, convulsões, letargia, etc. A fisiopatologia da LRA induzida por sepse é heterogênea, com mecanismos hemodinâmicos e microcirculatórios, onde há diminuição da taxa de filtração glomerular. Quanto ao diagnóstico da sepse, baseia-se principalmente em hemocultura, cultura de aspirado traqueal se intubado, hemograma e PCR, já da LRA, utiliza as alterações de creatinina sérica e oligúria, ambos marcadores tardios de comprometimento renal, com diversas limitações. Assim, biomarcadores não convencionais estão em estudo, como: molécula de lesão renal-1 (KIM-1), syndecan-1, interleucina-6 (IL-6) e nefrina, que já apresentam resultados favoráveis no diagnóstico da LRA e/ou sepse. Portanto faz-se necessário mais estudos acerca desses biomarcadores, especialmente na LRA em prematuros com sepse, a fim de possibilitar o tratamento correto, melhorar o resultado e o prognóstico, diminuindo morbimortalidade, tempo de internação e custos médicos. Agradecemos a CAPES pelo financiamento da bolsa para pesquisa.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação