O COMPLEXO DA ARTE NA CONJUNTURA CAPITALISTA: O ESFACELAMENTO DA FORMAÇÃO HUMANA DA CLASSE TRABALHADORA

Autores

  • Adele Cristina Braga Araujo
  • Josefa Jackline Rabelo

Resumo

A pesquisa é parte dos estudos envolvidos na tese de doutorado desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Ceará e analisa os estudos do filósofo húngaro Georg Lukács sobre a gênese e a função social do complexo da arte, bem como as contribuições ao processo de formação estética do gênero humano. Opta-se por uma pesquisa teórico-bibliográfica. Destaca-se como fonte principal a obra sistematizada por Georg Lukács: Estética: la peculiaridade de lo estético (1967a, 1967b, 1972, 1974). Ressalta-se, ademais, como fundamentação teórica, o arcabouço de Marx (1983, 2009, 2011); Engels (2004); Marx e Engels (2007) em seus lineamentos essenciais, nos quais Lukács fundamenta seus estudos; Mészáros (2006); entre outros autores que discutem, sobretudo no campo do complexo da arte. Compreende-se que, de acordo com o escopo teórico-metodológico marxiano, reivindicado por Lukács, é pela via do trabalho que a significação de utilidade se transpõe a uma dimensão estética e esse processo é mediado pela consciência, portanto, há um desprendimento do utilitário ao agradável. Com efeito, de maneira sintética, entende-se ser insuficientes as possibilidades para a realização de uma formação humana efetivamente integral sob a forma capitalista, uma vez que a lógica de exploração nega o acesso de todos à riqueza espiritual e material da sociedade, atendendo minimamente às necessidades de reprodução humana, sob a lógica do capital. Considera-se, ademais, que pensar sobre o complexo da arte perpassado pela lógica societal do capital é presumir outra forma de sociabilidade, que tenha como prioridade condições humano-objetivas para o desenvolvimento íntegro dos sentidos humanos.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação