O NARRADOR E A CONSTRUÇÃO DA NARRATIVA EM ROMANCES CONTEMPORÂNEOS : K- RELATOS DE UMA BUSCA(2014) E A RESISTÊNCIA(2015).

Resumo

Ao participar do GELTTE, Grupo de Estudos de Literatura, Tradução e suas Teorias, coordenado pela professora Dra. Roseli Cunha estudamos dois romances contemporâneos, a saber: K – relatos de uma busca (2014), de Bernardo Kucinski e A resistência (2015), de Julián Fuks. Ao longo desse estudo verificamos que a narrativa dessas obras é ambientada entre 1964 a 1985, na América Latina, respectivamente Brasil e Argentina. Com isso, o objetivo do estudo foi tratar dos narradores nas obras, percebendo suas semelhanças, mas também suas diferenças, visto que em K, a narrativa é construída através de relatos sobre possíveis acontecimentos com os desaparecidos políticos durante a Ditadura no Brasil, e, por sua vez, em A resistência o narrador busca construir a história de seu irmão adotivo, no entanto, acaba revendo a história de sua família e dos países por onde ela passa. Dessa forma, a partir do embasamento teórico: Chiapini (1997), Bosi (2002), Rechdan (2003) e Dalcastagné (2016) pudemos concluir que apesar de tratar-se de momentos históricos e em países próximos os procedimentos adotados pelos narradores são bastante distintos. Enquanto em K, podemos dizer que o narrador principal abre espaço para os relatos dos vários outros narradores que fazem parte da história, em A resistência, o narrador dá pouca possibilidade aos leitores de conhecer a história construída por meio da voz das personagens.