O PULSAR EMANCIPATÓRIO NA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA: UMA REFLEXÃO A PARTIR DO PENSAMENTO DE ADORNO

Autores

  • Charmenia Freitas de Satiro
  • Fátima Maria Nobre Lopes
  • Adauto Lopes da Silva Filho
  • Fatima Maria Nobre Lopes

Resumo

A sociedade capitalista e do conhecimento avança no cenário tecnológico e científico, ao mesmo tempo que retrocede no aspecto humanístico das relações sociais e do trabalho. Enfrentamos uma política economicista que se utiliza de mecanismos de controle da classe trabalhadora, com retrocessos históricos, como a retirada de direitos, o que acentua a sua exploração. A educação escolar se constitui como um dos instrumentos utilizados como forma de perpetuar o poder de alienação, através do ensino mecanicista, reduzido a conteúdos com viés mercadológico. Partindo desse contexto, a partir do pensamento de Theodor Adorno, no que se refere ao seu conceito de emancipação, este artigo tem como objetivo refletir como, no espaço escolar, o Coordenador Pedagógico pode contribuir na sua prática com o pulsar emancipatório e reflexivo na sua função de mediador do processo de ensino e aprendizagem. Para tanto, realizamos uma pesquisa com cinco coordenadores que atuam no município de Fortaleza, indagando sobre o que consideram “o pulsar emancipatório” de suas práticas na orientação e acompanhamento dos seus docentes. Consideramos a Coordenação Pedagógica como mediadora de uma das possibilidades de transformação das práticas dos professores e, consequentemente, do processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Acreditamos na concepção de Adorno sobre emancipação e sua contribuição no que se refere ao pensar uma sociedade democrática, em que a escola avance na formação humana, proporcionando práticas emancipatórias, oriundas de uma consciência reflexiva que possa contribuir para a perda do domínio mercadológico da educação.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação