O TIPO DE TRANSCRITO DO BCR-ABL INFLUENCIA O PROGNÓSTICO DOS PACIENTES NA FASE CRÔNICA DA LMC?

Autores

  • TarcÍsio Paulo de Almeida Filho
  • Pedro Aurio Maia Filho
  • Anna Thawanny Gadelha Moura
  • Anneheydi Araújo de Oliveira
  • Maria Gabriela Rodrigues Costa
  • Romelia Pinheiro Goncalves Lemes

Resumo

A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma desordem mieloproliferativa clonal caracterizada pela expansão de células tronco hematopoiéticas pluripotentes. A doença se desenvolve a partir de um gene quimérico, BCR-ABL, que codifica uma oncoproteína BCR-ABL com elevada atividade tirosina quinase. Na maioria dos pacientes com LMC, tradução dos transcritos b2a2, b3a2 ou ambos, podem codificar a oncoproteína BCR-ABL, no entanto o papel desses transcritos no prognóstico dos pacientes com LMC não é conhecido e permanece a ser elucidado. Neste estudo, nós avaliamos a influência do tipo de transcrito sobre os parâmetros hematológico, clínico bem como sobre a sobrevida livre de eventos (SLE) de 50 pacientes em fase crônica da LMC. Dezoito pacientes (36%) tinham o transcrito b2a2, 24 (48%) tinham o b3a2 e 8 (16%) tinham o b2a2/b3a2. A mediana da contagem de plaquetas para os transcritos b2a2, b3a2 e b2a2/b3a2 foi de 320,65x103/L, 396x103/L, 327,05x103/L respectivamente (p=0,896). Os outros dados hematológicos não apresentaram diferença quando comparado com tipo de transcrito. A comparação do tamanho do baço e do fígado com o tipo de transcrito não diferiram entre os grupos (p=0,395 e p=0,647, respectivamente) e a associação entre os escores de riscos e o tipo de transcrito não mostrou significância estatística (p>0,05). A probabilidade em 21 meses para a SLE foi de 21%, 48% e 66% para os transcritos b2a2, b3a2 e b2a2/b3a2 respectivamente (p=0,226). Nossa analise mostrou que a expressão dos transcritos do BCR-ABL não influenciou os parâmetros hematológicos, clínicos e a SLE dos pacientes com LMC em fase crônica.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação