OCORRÊNCIA DE PAU BRANCO (CORDIA ONCOCALYX ALLEMÃO) EM ASSENTAMENTOS RURAIS NO CEARÁ
Resumo
Extraímos energia, materiais e organismos da Caatinga e modificamos suas paisagens em proporções insustentáveis, resultando em taxas crescentes de degradação e perda de sistemas naturais nos quais nossas espécies estão inseridas. A solução que busca proteção às espécies, utiliza alternativas no conceito de espécies-bandeira (flagship species). Ao se elevar o perfil de uma determinada espécie, angariamos mais apoio para a conservação da biodiversidade. Ao chamar atenção da população à situação de risco de determinada espécie mais carismática, todo o ecossistema ao seu redor (incluindo as demais espécies menos carismáticas) tem mais chances de ser conservado. A madeira do pau-branco (Cordia oncocalyx Allemão), espécie arbórea de ocorrência natural em quase todo o estado do Ceará, é muito empregada no mercado de móveis rústicos. Porém, os valores praticados são muito baixos, pressionando as áreas de extrativismo. O estudo de ocorrência da espécie teve como base 63 Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) em assentamentos rurais. O PMFS contém informações sobre as técnicas de manejo silvicultural utilizadas nos assentamentos. Esse trabalho traz informações sobre a altura média das árvores de pau-branco no sertão cearense, classificada em três estratos: “inferior a 3,5 m” (estrato inferior); “superior a 3,5 m e inferior a 6 m” (estrato intermediário); e “superior a 6 m” (estrato superior), seguindo a metodologia dos inventários (PMFS). A partir daí, elaboramos mapa georreferenciado dos estratos nos assentamentos rurais. Os estratos mais elevados de pau-branco estão presentes na mesorregião do Jaguaribe (zona de Russas). Na região dos Sertões de Canindé, predominam os estratos intermediários. Os estratos menos elevados encontram-se no Noroeste cearense (Sobral e municípios próximos). O mapeamento dos estratos apresenta importância para a propagação dos melhores indivíduos da espécie, aqueles que apresentam maiores estratos e, consequentemente, maior volume de madeiraPublicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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