PERFIL DAS PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS (PVHA) ATENDIDOS EM UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Autores

  • Francisco Alisson Paula de FranÇa
  • Marta Maria de Franca Fonteles

Resumo

INTRODUÇÃO:Desde 1996, a Terapia Antirretroviral (TARV) é fornecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, de acordo com as diretrizes vigentes no país. Atualmente, no Ceará, cerca de 19.068 indivíduos recebem a TARV. Todavia, o perfil epidemiológico e clinico dos pacientes com HIV em algumas unidades são desconhecidos, havendo a necessidade de estudá-los de maneira fornecer informações aos profissionais de saúde que colaborem no seu acompanhamento. Objetivos: Descrever o perfil das PVHA atendidos em UAPS do município de Fortaleza-CE. METODOLOGIA: Estudo quantitativo, de base documental. Inclui-se todas PVHA em uso de TARV, de ambos os sexos, e excluiu os pacientes em óbitos. A coleta de dados foi realizada no período de 05 de julho a 10 de agosto de 2017, através das informações registradas no Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM). Utilizou-se do StatisticalPackage for the Social Sciences para expressar os resultados na forma de frequência absoluta. RESULTADOS: Foram analisados 168 PVHA, sendo que 44,64% apresentam faixa etária entre 31 a 40 anos e 80,35% são do gênero masculino. Em relação à naturalidade destes, observou-se que 57,73% são da capital Fortaleza. Em relação à TARV, identificou-se como esquema mais utilizado o Tenofovir+ Lamivudina+ Efavirenz com 50,60%, seguido de 20,83 % Tenofovir + Lamivudina e Dolutegravir. Os demais esquemas representaram 28,57%. Também observou-se que apenas 24,40% das PVHA cadastradas no SICLOM estavam com o exame de carga viral atualizado, sendo que destes, 10,10% apresentam carga viral detectável. CONCLUSÃO: Nossos achados apontaram para considerável número de homens vivendo com HIV, ocorrendo, também, baixo registro no sistema especifico, fornecendo subsídios para o incremento de dados epidemiológicos nesse contexto. Urge a implementação de estratégicas com o fim de reduzir a infecção pelo vírus neste gênero, e de trazer impacto positivo em resposta à epidemia do HIV/AIDS.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação