PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E CLÍNICO DOS PORTADORES DE SÍNDROME MIELODISPLÁSICA EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA
Resumo
As síndromes mielodisplásicas (SMD) são um grupo heterogêneo de doenças mielóide caracterizadas por citopenias no sangue periférico, displasias e aumento do risco de transformação para leucemia mielóide aguda (LMA). A SMD é classificada como primária (de novo) ou secundária quando associada a terapia. A patogênese da doença é complexa e envolve mecanismos ambientais e genéticos. O objetivo do estudo foi descrever as características sociodemográficas e clínicas dos pacientes com diagnóstico de SMD. Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo dos pacientes com SMD, em acompanhamento no ambulatório no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) no período de 2010 a 2019. Os dados foram distribuidos em planilha do Excell. Foram incluídos um total de 105 pacientes, sendo 61 (58,1%) do sexo feminino e 44 (41,9%) do sexo masculino. Um total de 80 (76,2%) pacientes com idade ≥60 anos e 25 (23,8%) <60 anos. Os pacientes foram classificados de acordo com a OMS 2016, sendo (46,0%) do tipo displasias em múltiplas linhagens, (13,5%) com sideroblastos em anel com displasia multilinhagem, 10,8% com displasia unilinhagem (10,8%) com sideroblastos em anel unilinhagem, (5,4%) com excesso de blastos I, (5,4%) SMD com excesso de blastos II, (5,4%) como SMD inclassificável com displasia em única linhagem e citopenia e (2,7%) como SMD inclassificável. Em relação ao prognóstico de acordo com IPSS-R, (46,88%) apresentaram bom prognóstico, (34,7%) muito bom prognóstico, (15,63%) risco intermediario e (3,12%) alto risco. Quanto ao tratamento a maioria fazia uso de alfaepoetina EPREX ® (73,68%), seguido de vitaminas B12 e ácido fólico (21,05%). Conclui-se que o perfil dos pacientes com SMD do referido serviço são na maioria do sexo feminino, idade acima de 60 anos, com displasias em múltiplas linhagens ou (CRDM –OMS 2008) e de baixo riscoPublicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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