PESQUISA INTER(IN)VENÇÃO E PRÁTICAS DE RESISTÊNCIAS DE JOVENS NEGROS(AS) FRENTE AO RACISMO INSTITUCIONAL NA PERIFERIA DE FORTALEZA

Autores

  • Aldemar Ferreira da Costa
  • Joao Paulo Pereira Barros

Resumo

Este trabalho pretende investigar práticas de resistências frente à problemática do racismo institucional produzidas por jovens negros(as) inseridos(as) em um território da periferia de Fortaleza, onde se concentram os maiores índices de violência letal. Essa proposta deriva de uma pesquisa de mestrado intitulada “Práticas de resistências de jovens negros(as) frente ao racismo institucional”, ligada ao Programa de Pós-graduação em Psicologia da UFC. O racismo estrutural está presente e naturalizado na sociedade brasileira como uma regra, agenciado nas esferas culturais, políticas e econômicas, a partir de uma norma social estabelecida que coloca assimetricamente, a partir de padrões marcados pela raça, negros e negras em posição de subalternidade. O problema dessa pesquisa pode ser delineado pela seguinte questão: como jovens negro(a)s moradores da periferia de Fortaleza produzem práticas de resistências frente ao racismo institucional? Para pensar tais práticas de resistência, partiremos de diálogos de referências do campo da filosofia da diferença, tais como os estudos foucaultianos e esquizoanalíticos, assim como do campo dos estudos críticos à colonialidade, tendo em vista a tematização da questão racial junto a jovens negros(as), além de estudos transdisciplinares sobre juventudes. Para isso, será utilizada uma proposta metodológica de abordagem qualitativa, orientando-se pela perspectiva da pesquisa inter(in)venção. Pretende-se que a pesquisa tenha como campo de investigação a região do Grande Jangurussu, território reconhecido pelos elevados índices de violência letal, mas que também têm sido lócus de formação de coletivos negros e intensas mobilizações sociais contra o racismo. Por fim, para a análise de dados, pretende-se utilizar a análise cartográfica. Agradecemos a CAPES pelo financiamento da pesquisa.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação