PODRIDÃO DE FUSARIUM EM FRUTOS DE MELÃO NAS PRINCIPAIS ÁREAS PRODUTORAS DA REGIÃO NORDESTE

Autores

  • Diene Elen Miranda da Silva
  • Egídio José Aragão da Ponte
  • Dariane Monteiro Viana
  • Márcia Michelle de Queiroz Ambrósio
  • Ludwig Heinrich Pfenning
  • Cristiano Souza Lima

Resumo

O estado do Ceará é o segundo maior produtor e exportador do fruto de melão do Brasil, ficando atrás somente do Rio Grande do Norte. Contudo, doenças pós-colheita comprometem a comercialização desses frutos, ocasionando perdas consideráveis, dentre essas doenças destaca-se a podridão em frutos causada por Fusarium sp. O conhecimento sobre as espécies causadoras dessa podridão é o alicerce para o desenvolvimento e aplicação de métodos de manejo adequados. Portanto, o objetivo deste trabalho foi obter isolados de Fusarium sp. associados a podridão de frutos de melão nas principais áreas produtoras do Nordeste. Foram coletados frutos assintomáticos de melão de quatro cultivares: amarelo, cantalupe, galia e pele de sapo, em cinco estados do Nordeste. Os frutos foram encaminhados para o Laboratório de Micologia da Universidade Federal do Ceará e Laboratório de Fitopatologia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, onde foram submetidos à desinfestação superficial com hipoclorito de sódio a 200 ppm e posterior incubação em câmara úmida. A incubação ocorreu em temperatura ambiente e fotoperíodo de 12 horas, com inspeção visual diária até o aparecimento dos sinais do patógeno. Em seguida, os isolamentos diretos foram conduzidos em placas de Petri contendo meio de cultura BDA (batata, dextrose e ágar). Com a obtenção das culturas, entre 3 a 5 dias, foram realizadas preparações microscópicas para identificação do gênero dos patógenos através de características morfológicas típicas. Foram obtidos 123 isolados do gênero Fusarium associados à podridão em frutos de melão, esses foram preservados em tubos de ensaio e pelo método Castellani para posteriores estudos filogenéticos. Os 123 isolados foram oriundos a maior parte do estado do Rio Grande do Norte (82 isolados), seguidos por Ceará (23 isolados), Pernambuco (7 isolados), Piauí (6 isolados) e Bahia (5 isolados). Ao final do projeto, espera-se conhecer a diversidade genética entre os isolados.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação