POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE DO TRABALHADOR DO SUS À LUZ DA ENFERMAGEM INTENSIVISTA

Autores

  • Amanda Caroline Pereira Vital
  • Francisco Silva Cavalcante Junior

Resumo

INTRODUÇÃO. As doenças relacionadas ao trabalho são consideradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como multifatorial e multicausais, incluindo fatores físicos, organizacionais, individuais e socioculturais. A área da saúde é grandemente afetada, principalmente a categoria de enfermagem, que se destaca não apenas pelo quantitativo, mas pela exposição a situações de estresse e sobrecarga de trabalho. Nesse contexto, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é apontada como o setor mais tenso, traumatizante, estressante e agressivo, em decorrência do padrão de trabalho intenso, principalmente, para a equipe de enfermagem, que tem uma rotina diária de pronto atendimento, pacientes graves, isolamento e morte. OBJETIVOS. Avaliar a Política Nacional de Promoção da Saúde do Trabalhador do SUS voltada para os trabalhadores de enfermagem intensivista de um Hospital Público de Fortaleza (CE), tendo em conta critérios de profundidade, complexidade, multidimensionalidade e tendo como valor central a experiência com a política pública. METODOLOGIA. Serão utilizados modelos de Avaliação de Políticas Públicas, pós-estruturalistas, como o modelo experiencial de Raul Lejano, e o método cartográfico de Virgínia Kastrup, que não se limitam a dados quantitativos nem à aferição de conceitos tais como sucesso/insucesso, eficiência/ineficiência. RESULTADOS. A complexidade do trabalho de uma UTI vivenciado pela equipe de enfermagem exige uma captura profunda do processo de trabalho que interfere na saúde desses trabalhadores. Desse modo, é necessário adotar modelos contra-hegemônicos de pesquisa e avaliação, que têm se apresentado como uma proposta potente de avaliação, afim de superar modelos hegemônicos que tendem a ser insuficientes e frágeis para abarcar tal profundidade. CONCLUSÃO. Diante dos constantes casos de adoecimentos em trabalhadores de enfermagem, é necessário registrar e sistematizar a experiência vivenciada pela população alvo dessa política pública de promoção da saúde.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação