POTENCIALIZAÇÃO DA ATIVIDADE LARVICIDA DE PROTEÍNAS CRY DE BACILLUS THURINGIENSIS SOBRE AEDES AEGYPTI PELOS INIBIDORES DE PROTEASES DE SEMENTES DE LEUCAENA LEUCOCEPHALA (LAM) R. DE WITT

Resumo

Arboviroses como a chikungunya, dengue e Zika representam um problema sério em saúde pública devido à ausência de uma vacina aprovada ou medicamentos antivirais específicos para sua prevenção e tratamento. Uma das maneiras de evitar a ocorrência dessas doenças é através do combate ao mosquito vetor, Aedes aegypti. O uso de inseticidas têm se mostrado cada vez menos eficazes, devido ao aumento da resistência desses insetos e sua capacidade de adaptação no ambiente urbano. Ademais, há o acúmulo desses inseticidas no meio ambiente, que pode afetar outros insetos e seres vivos não alvos. Por esse motivo, a prospecção de compostos que possam agir como bioinseticidas (origem natural e degradável), tornou-se desejável para tentar solucionar esse entrave. Nessa perspectiva, a utilização de inibidores de tripsina encontrada nas sementes de Leucaena leucocephala (LTI), uma leguminosa presente na Caatinga cearense, ou de proteínas Cry obtidas de Bacillus thuringiensis, têm sido duas das ferramentas biológicas estudadas em ação contra o Ae. aegypti. Tendo em vista o mecanismo de ação desses inibidores e das proteínas Cry, foi realizado um trabalho de ação sinergéticas contra larvas de terceiro estádio durante 24 e 48 horas de exposição. O inibidor obtido foi avaliado em eletroforese de poliacrilamida 15% em condição desnaturante, onde foi visualizado massa aparente do inibidor de 20 KDa. Ademais, foi realizado atividade in vitro do inibidor junto ao homogenato intestinal, a qual o resultado foi de cerca de 70 % de inibição. As combinações de LTI e toxinas Bt mostraram uma maior eficiência da ação larvicida, causando maior efeito contra o Ae. aegypti, quando comparado aos agentes isolados. Deste modo podemos sugerir que a combinação de inibidores de protease toxinas Bt é uma interessante ferramenta a ser explorada.