PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS NA INDÚSTRIA DE ÁGUA MINERAL

Autores

  • Larissa de Pinho AragÃo
  • Francisco Leandro de Almeida Santos
  • Edson Vicente da Silva

Resumo

O atual modelo de desenvolvimento econômico imprime aos sistemas naturais um cenário de degradação ambiental sem precedentes, tornando necessário o estabelecimento de novas formas de apropriação dos recursos ecológicos,que prezem a compatibilização entre as potencialidades e fragilidades ambientais e a exploração responsável dos diversos ecossistemas. As águas minerais são aquelas provenientes de surgências ou extraídas artificialmente de aquíferos subterrâneos, apresentando em sua composição química ou físico-química características consideradas benéficas à saúde das populações. As problemáticas que versam no setor produtivo das águas minerais engarrafadas estão engendradas à geração de efluentes e resíduos, bem como na exploração desordenada do recurso mineral. Uma proposta para redução dos impactos oriundos das indústrias de águas minerais é a implantação de procedimentos sustentáveis que atendam as demandas econômicas em conformidade com as especificidades que incidem sobre os diversos ambientes. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi identificar e descrever as práticas associadas à gestão ambiental em uma indústria de água mineral situada no município de Ipu, Ceará. Para tal, procedeu-se com o estudo de caso, alicerçado no levantamento bibliográfico, aplicação de entrevistas semi-estruturadas e observações não-participantes. As entrevistas foram orientadas para a identificação de ações sustentáveis nas diversas etapas produtivas, com ênfase no gerenciamento dos resíduos e na restauração dos sistemas naturais. Como resultado, observou a redução na geração de poluição, em virtude da implantação de um sistema de logística reversa, subsidiada pela participação dos fornecedores de materiais e componentes dos ciclos produtivos; reúso da água industrial; e, a restauração do capital natural, em função da implantação de projetos periódicos de reflorestamento da vegetação nativa.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação