PRODUÇÃO DAS VOGAIS /I/ E /U/, EM SÍLABAS POSTÔNICAS FINAIS, NO FALAR DE FORTALEZENSES.

Autores

  • Francisco Alerrandro da Silva Araujo
  • Ronaldo Mangueira Lima Junior

Resumo

A fala possui variações que são perceptíveis em indivíduos que possuem idade, sexo, escolaridade e origens diferentes. Tais variações possuem aspectos particulares da fala que podem se cristalizar e ficarem permanentes. O objetivo deste trabalho é analisar a produção das vogais [i] e [u], em sílabas postônicas finais, na fala popular de fortalezenses. Utilizaremos para a coleta de dados o NORPOFOR – Norma Oral do Português Popular de Fortaleza-CE. As variáveis independentes selecionadas foram faixa etária mínima e máxima do corpus, bem como a escolaridade de 0 a 4 anos de estudo e 8 anos em diante; sexo masculino e feminino. Analisaremos gravações buscando coletar palavras que terminem em “e” e “o”, que não sejam oxítonas e que obedeçam à estrutura silábica CV, CCV, através do tipo de registro DID – Diálogo entre Informante e Documentador. Iremos nos apoiar na Teoria de Exemplares de Johnson (1997), Pierrehumbert (2001), Bybee (2001) e Cristófaro Silva e Gomes (2004) que adotam a hipótese da TE e partem da premissa de que a experiência impacta as representações mentais e são definidas probabilisticamente a partir de todas as instâncias da categoria que foram atestadas na experiência com o uso da língua. Utilizaremos também para nos embasar, a Fonética Articulatória e o Gesto Articulatório (ALBANO, 2001), já que investigaremos as possíveis influências que as consoantes podem desencadear na realização sonora das vogais altas em estudo. Iremos submeter o corpus à uma análise acústica para, através de uma tecnologia mais avançada, chegarmos a conclusões mais precisas da possibilidade de redução e/ou apagamento, bem como alguma mudança em progresso das vogais altas em questão.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação