PRODUÇÃO DE PROTEASES POR CEPAS CLÍNICAS E AMBIENTAIS DE BURKHOLDERIA PSEUDOMALLEI

Autores

  • Rodrigo Machado Pinheiro
  • Alyne Soares Freitas
  • Carliane Melo Alves Melgarejo
  • Crister José Ocadaque
  • Glaucia Morgana de Melo Guedes
  • Debora Castelo Branco de Souza Collares Maia

Resumo

A melioidose, causada pela bactéria Burkholderia pseudomallei, é uma das principais causas de mortalidade no Sudeste da Ásia e Nordeste da Australia, onde é superendêmica, e vem se tornando uma importante doença em outras regiões tropicais do mundo. B. pseudomallei, além de apresentar resistência a diversos antimicrobianos, é capaz de produzir fatores de virulência que dificultam o tratamento da melioidose e a torna uma doença infecciosa severa. Dentre eles, estudos mostram a importância da formação de biofilmes e produção de proteases para a sobrevivência da bactéria dentro do organismo hospedeiro. Com isso, o trabalho buscou avaliar a produção de proteases por cepas de Burkholdeira pseudomallei em forma planctônica e de biofilme. Foram utilizadas 25 cepas clínicas e 12 ambientais, oriundas do Ceará. Para a formação de biofilme, as cepas foram previamente incubadas em placa de BHI a 37ºC por 48 horas e posteriormente inoculadas junto a caldo BHI + glicose 1% em placas de 96 poços e crescidas por 48 horas. Para avaliar a produção de proteases, o sobrenadante foi coletado e misturado a 500 μl de azoalbumina, incubado a 37º C por 3 horas e lido em espectrofotômetro. A produção de proteases foi superior nas cepas clínicas, quando comparada às ambientais. Após a produção de biofilmes, esse fator de virulência foi mais expressado do que nas bactérias em forma planctônica. Os resultados encontrados buscam contribuir com o melhor conhecimento acerca dos determinantes de virulência da melioidose, principalmente dos casos diagnosticados no Ceará, pois existe uma lacuna na literatura sobre essas cepas. Agradecimento a CAPES pelo incentivo à pesquisa.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação