PSICOSE E AUTISMO NA INFÂNCIA: UMA ABORDAGEM PSICANALÍTICA DO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL A PARTIR DO CORPO E DA LINGUAGEM
Resumo
O psicanalista inserido no contexto da saúde mental infantil se depara com quadros clínicos que constituem verdadeiros desafios no que tange à formulação do diagnóstico e à direção do tratamento. Esse fato é particularmente relevante quando se trata das psicoses infantis e do autismo, tendo em vista sua origem muito precoce e a labilidade da estruturação psíquica da criança. Um cenário que leva a alguns questionamentos como, por exemplo: o que exatamente é psicótico na criança? Do que se trata quando se fala em autismo (ou TEA) na atualidade? Como precisar melhor esses casos considerados atípicos que não se apresentam como o autismo clássico, mas nem sempre são configurados como psicose? A psicanálise que não define o diagnóstico pelos sintomas e sim por traços estruturais e pela transferência, pode contribuir com essa discussão, e essa é a proposta da pesquisa, ou seja, situar a diferenciação psicose/autismo, a partir de uma compreensão clínica que considere a estruturação psíquica do sujeito e as implicações no corpo e na linguagem. Corpo e linguagem constituem, portanto, dois eixos centrais da pesquisa, uma vez que compõem o substrato sobre o qual é realizado o tratamento psicanalítico com crianças graves. A investigação em questão tem como método estudos de casos clínicos atendidos pela pesquisadora. Pretende-se compreender as especificidades dos dois quadros para além da sintomatologia apresentada pelas crianças. Espera-se com essa pesquisa contribuir para a identificação mais adequada dos dois diagnósticos, possibilitando melhores intervenções.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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