REPRESSÃO, CONTROLE E EXPURGO ESTUDANTIL NA UFC (1964-1979)

Autores

  • JÔnathas Assuncao de Oliveira
  • Meize Regina de Lucena Lucas

Resumo

A ditadura civil-militar no Brasil durou 21 anos e por meio da atuação do Sistema Nacional de Informações (SISNI) utilizou espionagem, vigilância e controle ideológico para reprimir, controlar e expurgar ações consideradas subversivas. A partir decreto-lei 8.159, de jan.1991 foi permitido acesso aos documentos públicos, surgindo pesquisas que tencionavam entender os impactos dos órgãos repressivos durante a ditadura. Dentro dessa lógica, a pesquisa investiga a atuação e os impactos causados pelos organismos das Comunidades de Segurança e Informação instalados secretamente na Universidade Federal do Ceará (UFC). Adotamos na pesquisa a perspectiva proposta Por Rodrigo Patto de que a universidade recorreu aos jogos de adesão e acomodação no período. Utilizaremos também o conceito de polícia política para entender a espionagem militar praticada pelas Assessorias Especiais de Segurança e Informações (AESI). A metodologia da pesquisa consistiu na análise da documentação produzida pelos órgãos do aparato repressivo nacional de Segurança (DIOPS, DOI-CODI) e informação (SNI, DSI, AESI-UFC, CIE, CISA, CENIMAR) pertencente ao acervo do Arquivo Nacional (SIAN), decretos repressivos militares e Atas do Conselho Universitário da UFC (CONSUNI-UFC). O funcionamento da repressão na UFC será estudado por meio dos documentos produzidos pelos órgãos de vigilância e da análise das práticas desenvolvidas de acordo com os ideólogos da doutrina de Segurança Nacional da Escola Superior de Guerra (ESG).

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação