RESFRIAMENTO DE ESPERMATÓFOROS DO CAMARÃO MARINHO PENAEUS VANNAMEI.
Resumo
O camarão Penaeus vannamei é a espécie de crustáceo mais cultivada do mundo. No Brasil, existe alto nível de consanguinidade entre os estoques. O resfriamento de gametas pode contribuir para programas de melhoramento genético e facilitar o transporte e troca de material genético entre populações de animais cultivados. Já foram desenvolvidos protocolos para mamíferos e peixes. No entanto, o resfriamento de espermatóforos de camarão pouco foi testado. Foram coletados 10 espermatóforos por pressão manual na base do quinto par de pereópodes de 05 machos sexualmente maduros previamente selecionados. Quatro espermatóforos foram separados para análises à fresco, enquanto os demais foram submetidos aos seguintes tratamentos: T1) Imersão em 1ml de água do mar; T2) Imersão em 1 ml de solução de sacarose 0,2M em água do mar. Ambos os tratamentos foram acrescidos de 0,1% de gentamicina e armazenados em refrigerador à 04 ºC durante 48h. Suspensões espermáticas foram obtidas dos espermatóforos resfriados. Foram avaliados os parâmetros de morfologia espermática e integridade de membrana, através de microscopia óptica. Os resultados de morfologia e integridade de membrana para T1 e T2 foram inferiores aos resultados da amostra fresca (91,74% células normais; 99,00% íntegras). As porcentagens de células com morfologia normal e membrana íntegra em T1 foram: 79,41 e 14,29%, respectivamente. Para T2, os resultados foram: 81,48 e 15,15% de células com morfologia normal e membrana plasmática íntegra, respectivamente. Estes resultados apontam que o resfriamento de espermatóforos de camarão marinho à 04 ºC causa dano à membrana plasmática dos espermatozoides. A adição de sacarose à água do mar, como meio de resfriamento, não gerou grande aumento nos resultados de integridade de membrana. Agradecimentos à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela concessão de bolsa e à empresa Aquacrustra Aquacultura Marinha Ltda pela concessão dos animais.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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